Por Waleska Bruno
Olá, amigos!
Olá, amigos!
Faz um
tempinho que não posto nada aqui... Mil perdões! Tive um semestre (2013.1)
muito difícil na faculdade, muitas leituras e dissertações. Bem, mas o que
importa é que aqui estou. Trago-lhes uma ótima entrevista para vocês que pensam
em fazer um intercâmbio no exterior em língua inglesa. Adivinhem onde? EUA,
Canadá, Austrália... NÃO! África do Sul!! Vai dizer que você é mais uma
daquelas pessoas que acham que na África, só há a mais pura pobreza, animais
selvagens e tribos? Não, nada disso! Vamos lá mudar nossos conceitos com
a nossa querida entrevistada Beatriz Gondim que fez um intercâmbio na África do
Sul! Antes, é claro, vamos conhecer um pouco da nossa entrevistada.
Conheci Beatriz Gondim na mesma instituição em que trabalho, por intermédio de uma amiga em comum, Simone Reis. Logo percebemos que tínhamos muito em comum: gosto pela dança, pelos estudos e VIAGENS! Beatriz é uma simpática jovem de mais de vinte anos, possui graduação em administração de empresas e mestrado pela UFC, atualmente, doutoranda na UFPE. Sua dança predileta é a dança do ventre e já fez várias e belas apresentações. Como falei, anteriormente, ama viajar. Em 2011.2, mergulhou de cabeça em um interessante e belo intercâmbio em língua inglesa na África do Sul.
O blog W-B agradece sua preciosa e enriquecedora contribuição e deseja muito sucesso em todos os seus projetos!
Foto arquivo: Beatriz Gondim |
"Muitas pessoas me disseram: “a África?!” E a minha resposta era: “por que não?!”. Digo o mesmo! A experiência de um intercâmbio é incrível, por que não?! Permita-se!" Beatriz Gondim
Para embalar a nossa super entrevista, a canção "Paradise" da banda Coldplay. Fonte: www.youtube.com.br
1. Você estuda língua inglesa a bastante tempo?
No total, sim. Uns 4 a 5 anos. Mas estudei, parei, voltei. Quando
fiz o intercâmbio estava tendo aulas particulares.
2. O que a motivou a estudar essa língua?
No início, obrigação. Hoje, saber inglês é viver! É
se comunicar com o mundo!
3. Quando e por que decidiu fazer um intercâmbio?
Eu rompi um relacionamento de quase sete anos e
decidi que queria fazer a viagem da minha vida. Unir o útil (aperfeiçoar-me na
língua) ao agradável (conhecer um lugar lindo e distante que, certamente, seria
mais difícil de ir caso tivesse filhos, etc).
4. Quais foram os seus primeiros passos para realizar o sonho do intercâmbio?
O primeiro passo foi reunir informações em sites e
blogs de viagem. De cara, queria ir a Nova Zelândia ou África. Não queria um
destino usual e que tivesse muitos estudantes de língua portuguesa.
5. O que a fizeram decidir pela agência pela qual viajou?
Na minha cidade, duas agências são mais fortes: a
STB e a CI. Decidi pela CI por vários motivos: (1) a escola Good Hope Studies (coisa
muito importante antes de decidir pela agência é decidir pela escola). Vale a
pena ver os reviews de quem foi para cada escola, ver o que a escola oferece de
curso e programação extra-aula. O serviço prestado é o da escola (a agência é
apenas um intermediário). A localização da escola que eu escolhi ficava no
Centro, muitas escolas ficavam no subúrbio (na África, o subúrbio é a região
mais nobre e de difícil locomoção através de transporte público). (2) O preço e
a forma de pagamento também foram importantes (na CI eu paguei um valor alto de
entrada, mas parcelei o resto no cartão onde ainda ganhava milhas). A Stb não
dava opção de parcelar no cartão.
6. Qual cidade você escolheu e por quê?
Eu escolhi Cape Town. A cidade fica na parte rica da
África, África do Sul. A cidade é bem estruturada e tem muita coisa para se fazer:
restaurantes, montanhas, pubs, mercados, etc.
7. Você preferiu casa de família ou residência? Por quê? Foi uma boa escolha?
Eu preferi casa de família. Achei que seria mais
seguro na África do Sul e quando cheguei lá pude confirmar esse pré-conceito.
As residências estudantis lá hospedam pessoas que estão de passagem, além dos
estudantes. E os banheiros são compartilhados com cada 2 quartos, eu não achei
seguro. Não recomendo para quem viaja só. Quanto à hospedagem em casa de família, a minha host mother não era nada bacana, era mesquinha
e a comida era horrível. Ela achou ruim eu tomar dois banhos ao dia e me chamou
a atenção, mas eu reclamei na escola e tudo se ajustou. Foi bom reclamar na
primeira semana, pois eu teria apenas um mês na África do Sul e, na verdade, eu
não queria mudar. Poderia sobreviver à comida dela. Mas não queria abrir mão
dos meus 2 banhos. A localização da minha casa era no Sea Point, 15min da
escola, um bairro muito bom, cheio de restaurantes e seguro para andar a pé. Eu
passava muito tempo fora, quase não encontrava com ela. Valia muito a pena
continuar lá. E assim foi.
8. Qual foi a escola que você escolheu e qual o programa de estudo?
Eu escolhi a Good Hope Studies e fiz o curso
regular de inglês. Mas a escola oferecia preparatório, cursos com trabalho
voluntário com animais e crianças, etc.
9. Quanto tempo passou estudando fora? Foi proveitoso?
Eu passei 1 mês. Foi extremamente proveitoso!!
Faria tudo de novo!! Quero voltar um dia!
10. Liste alguns pontos positivos e negativos da cidade que você escolheu.
Pontos positivos: a cidade é a mais linda que eu já
conheci na vida, rodeada por natureza. Todos os dias eu senti esse contato! O
custo de vida é muito barato, eu dividia tudo por quatro para ter o valor em
real. A cidade é bem estrutura, fácil de locomover, oferece muitas opções de
lazer: praias, shopping, restaurante, pub, é possível conhecer algumas vinícolas,
praticar esporte radicais, etc.
Pontos negativos: se você quiser fazer um safári radical não terá
isso próximo à Cape Town. A África do Sul é mesmo um país mais desenvolvido
dentro do continente. Você tem algumas opções muito legais como uma rota de 3
(três) dias que eu fiz (Garden Route), onde você visita uma grande reserva e vê
muito animais. Mas safári mesmo, mais selvagem onde você fica esperando os
animais aparecerem e se hospeda dentro da reserva, fica mais distante de Cape
Town. Neste estilo, recomendo o Krueger Park.
Eu não tive muito tempo e estava viajando sozinha, mas se tivesse
mais tempo e estivesse em grupo, teria tirado uma semana sem aula para fazer o
Krueger Park ou as reservas na Namíbia.
11. Liste alguns pontos positivos e negativos
da escola que escolheu.
Pontos positivos: todos!
Excelente material, ótimos professores, salas com número de alunos reduzidos,
ótima localização (centro), diretores e pessoal de apoio muito solícitos, café
e chá à disposição. A escola também era muito organizada com horário e calendário.
Adorei as aulas lúdicas: tivemos aula de campo no museu de arte natural e
assistimos a uma final de jogo de rúgbi em um pub (isso foi uma loucura, minha
gente! Era como se fosse uma final da libertadores, por exemplo).
Pontos negativos: a internet da escola era péssima, mas isso era em
todo canto da África do Sul, nem posso dizer que era somente na escola. A
escola tem convênio com uma empresa petrolífera da Angola e recebe muitos
alunos de língua Portuguesa. Mas isso é tranquilo, é só evitar falar Português
com os colegas.
12. Fale-nos sobre as diferenças culturais.
Eu não senti tanta diferença cultural, até por que
convivi mais com meus colegas intercambistas. O que pude perceber é que os sul
africanos são pessoas muito solícitas e calorosas. De forma geral, a cidade é
segura, mas é preciso evitar certos locais e horários, e tomar cuidado com os
pequenos furtos, assim como no Brasil. A pobreza é grande. E é bem evidente que
os melhores trabalhos estão com brancos e os piores com os negros. A herança do
apartheid ainda é remanescente e
triste.
A primeira língua não é o inglês, é o Africâner.
Além dos dialetos. Eu tinha alguma dificuldade para entender o inglês falado
por algumas pessoas mais humildes. Alguém assistiu “invictus”? Assistam, este é
o inglês falado na África do Sul!
Outra coisa que percebi é que existe uma presença
grande de muçulmanos e judeus na cidade.
13. Deixe-nos uma mensagem para aqueles que sonham em estudar no exterior.
Intercâmbio não é só estudo, é aprender outra
cultura, é comer, ter novas experiências, é viver, isso é o que nós levamos
desta vida. Eu faria tudo de novo! Muitas pessoas me disseram: “a África?!” E a
minha resposta era: “por que não?!”. Digo o mesmo! A experiência de um
intercâmbio é incrível, por que não?! Permita-se!
Foto arquivo: Beatriz Gondim |
Foto arquivo: Beatriz Gondim |
Foto arquivo: Beatriz Gondim |
Foto arquivo: Beatriz Gondim |
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Foto arquivo: Beatriz Gondim |
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recordar é viver! foi muito bom reler tudo! Obrigada, Waleska!
ResponderExcluirAmiga Beatriz, sou eu que agradeço a você pela sua generosa contribuição. O Blog está sempre aberto para você. Um grande abraço!
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