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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Artes e Livros IV - "Robert Capa/Fotografias"


Olá amigos,
Nesta semana, em mais uma de minhas idas à biblioteca, trago o livro "Robert Capa/Fotografias", essa obra é uma reunião das melhores fotografias escolhidas  de uma amostra de 937 imagens pré-selecionadas de um acervo de  aproximadamente 72 mil negativos que Capa produziu durante a vida(1913-1954).  Robert Capa (pseudônimo de Endre Friedman) foi um dos melhores fotógrafos do do século XX, o primeiro a fotografar de muito perto os acontecimentos de guerras tais como a Guerra Civil Espanhola,  a Segunda Guerra Sino-Japonesa, a Segunda Guerra Mundial na Europa (Londres, Itália, Batalha da Normandia em Omaha Beach, e liberação de Paris), no Norte da África, a Guerra Árabe-Israelense de 1948 e a Primeira Guerra da Indochina. No início, as fotografias de guerras  eram estáticas e distanciadas, foi Robert Capa com sua Leica 35 mm, discreta e que permitia maior mobilidade, que inaugurou a capituração de imagens que retratassem os rostos, os gestos e os sentimentos de pavor, tristeza, desamparo... das vítimas, dos heróis e dos combatentes de guerra.

Robert Capa, durante a cobertura da Guerra Civil Espanhola, em 1937. Foto de Gerda Taro.

Foi na na guerra Civil Espanhola que Robert Capa se tornou famoso mundialmente ao fotografar um combatente anti franquista no exato momento em que levou um tiro, próximo ao cerco Muriano (fronte Córdoba), por volta de 05 de setembro de 1936. 

"Robert Capa/Fotografias" por Igor Bakht e Teresa Engle.

Fotos de Guerra
Guerra Civil Espanhola
Centro Provisório de refugiados durante a evacuação da cidade de Barcelona, janeiro de 1939.

Madri, inverno de 1936-37.

China 1938
Após ataque aéreo japonês, Hankou, julho-setembro de 1938.

Itália 1943-1944
Soldado ferido próximo de Nápoles, setembro de 1943.

Posto de Comando da retaguarda dos EUA, 45ª Divisão de Infantaria, Venafro (próximo a Cassino), dezembro de 1943.

Médico americano atende soldado alemão capturado.

Próximo a Troina, Sicília, agosto de 1943.

Funeral de vinte adolescentes partigiàni no distrito de Vomero, Nápoles, 02 de outubro de 1943.

França 1944

Tropas dos EUA desembarcando no Dia D em Omaha Beach, costa da Normandia, 06 de junho de 1944.

Homens da 82ª Divisão Aérea dos EUA, St. Sauveur-le-Vicomte, Normandia, 16 de junho de 1944.

Mulher francesa com o seu bebê, filho de um soldado alemão. Ela teve a cabeça raspada como punição depois da libertação da cidade, Chartres, 18 de agosto de 1944.

Alemanha 1945
Soldado americano morto por franco-atiradores alemães, Leipzig, 18 de abril de 1945.

Berlim, agosto de 1945.

Leste Europeu 1947-1949
As ruínas assustadoras do gueto, Varsóvia, 1948.

Israel 1948-1950
Imigrantes recém-chegados, Haifa, 1949.

Japão 1945
Tóquio, abril de 1954.

Indochina 1954
No caminho de Namdinh a Thaibinh, 25 de maio de 1954.

No caminho de Namdinh a Thaibinh, 25 de maio de 1954.

Ao longo da estrada de Namdinh a Thaibinh, 25 de maio de 1954. Esta é a última fotografia que Capa tirou antes de ser morto num campo minado.


Fotos de Celebridades
Robert Capa capa não apenas fotografou guerras, mas também famosos e amigos como Pablo Picasso em tempos de paz.

Leon Trotsky em conferência sobre a história da Revolução Russa a estudantes, em Copenhague, Dinamarca, 27 de novembro de 1932. A cobertura das aulas de Trotsky foi o primeiro trabalho publicado por Capa.

Ernest Hemingway, Londres, maio de 1944.

Ernest Hemingway, Sun Valley, Idaho, novembro de 1940.

Henri Matisse, Cimiez (Nice), agosto de 1949.

Henri Matisse, Cimiez (Nice), agosto de 1949.


Pablo Picasso, Golfe-Juan, França, agosto de 1948.


Pablo Picasso e Françoise Gilot (ao fundo, o sobrinho de Picasso, Javier Vilato), Golfe-Juan, França, agosto de 1948.


Gene Kelly,Paris, 1953.



Um pouco mais sobre Robert Capa

Robert capa em Paris, 1952. Fotografia de Ruth Orkin.
(Que olhar lindo!)

Robert Capa nasceu em Budapeste em 22 de Outubro de 1913. André Friedman de batismo, estudou Ciências Políticas na Universidade de Berlim entre 1931 e 1933. Foi fotógrafo autoditata, tendo começado a trabalhar como assistente de um laboratório fotográfico na Ullstein (editora). Em 1933, emigrou para Paris onde, para escapar à perseguição nazi, mudou o nome para Robert Capa e começou a trabalhar como fotógrafo independente. As suas fotografias da Guerra Civil de Espanha atraíram a atenção para o seu nome em Paris. A sua primeira série já incluía a Morte de um Legalista Espanhol, que continua a ser a sua fotografia mais conhecida e discutida. Daí em diante dedicou-se a ser fotógrafo de guerra. O seu talento para transmitir de forma penetrante os sentimentos e sofrimento das pessoas nas guerras civis ou rebeliões numa só fotografia, valeu-lhe grande admiração e fama internacional. A sua obsessão pelo trabalho fez dele o mais célebre dos correspondentes de guerra do século XX. Mas Capa não se limitou a criar um modelo e a desempenhar um trabalho exemplar. A sua obra é um manifesto contra a guerra, a injustiça e a opressão. No dia 25 de Maio de 1954 foi fatalmente ferido em Thai-Binh, no Vietnam. A sua morte foi a consequência trágica do seu próprio lema: 

"Se as tuas fotos não são suficientemente boas,
é porque não estás suficientemente perto"
Robert Capa
Fonte deste pequeno texto:
Expediente Geral
Texto: Waleska Bruno
Fotos: Robert Capa
Todos os crédito das fotos reservados ao fotógrafo Robert Capa.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

ARTES E LIVROS III - "The Ballerina Project"





Olá amigos! 

Um dia eu imaginei fazer uma série de fotografias com as minhas amigas bailarinas, mas antes que eu pudesse realizar esse sonho, a artista dinamarquesa Dane Shitagi saiu na frente, criou e desenvolveu o belíssimo projeto "The Ballerina Project". Suas fotos são encantadoras e enchem meus olhos e coração de emoção e ratifica mais uma vez o quanto eu amo a fotografia e o balé. Suas fotos me inspiram a um dia desenvolver o meu próprio projeto que também unirá fotografia e balé. Espero que gostem das imagens. Beijos.



















Todos os créditos reservados a Dane Shitagi.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Artes e Livros II - "O lugar do Escritor"

Olá amigos!
Começo este post com uma confissão: estou apaixonada! Sim, estou apaixonada por um livro que descobri em um dos meus passeios à biblioteca, o nome do livro é  "O lugar do escritor" de Eder Chiodetto. Desde quarta-feira, dia 1º de setembro de 2010, não largo o livro por nada, nadinha... A paixão é tanta que esse maravilhoso livro já até dormiu na cabeceira da minha cama. Bem, mas o que tem de especial nesse livro? Meus caros amigos, há uma combinação perfeita nessa obra que mescla literatura e fotografia. Por cinco anos, Chiodetto visitou escritores brasileiros, fotografando-os em seus próprios ambientes de inspiração literária. Dessa forma, Chiodetto compôs um painel tocante que junta imagem, palavra, confissão, memória, diálogo e reportagem. Selecionei alguns trechos do livro para vocês, espero que gostem. Beijos.

[capa+do+livro.jpg]
"O lugar do Escritor" por Eder Chiodetto, 2002.

Modelo: Adélia Prado
Foto e Texto: Eder Chiodetto

Trecho selecionado: " Não separo a mãe e a dona de casa da escritora. Sou uma mulher casada, tenho filhos, casa e escrevo. Tudo junto. Por isso o escritório é a minha vida."
Adélia Prado

Modelo: Ferreira Gullar
Foto e Texto: Eder Chiodetto

Trecho Selecionado: "A poesia é intempestiva. É coisa que ninguém controla. Ela me acorda no meio da noite ou leva um ano sem aparecer. É inteiramente aleatória. Me ocupo de vez em quando com outras coisas, porque se fosse me ocupar só da poesia estaria maluco. Pirado."
Ferreira Gullar

Modelo: Ariano Suassuna
Foto e Texto: Eder Chiodetto

Trecho selecionado: "Quando me fecho no gabinete, ninguém me aperreia. Consegui impor esse respeito pelo meu trabalho. Outro dia um dos meus netos começou a chorar enquanto eu escrevia. Não havia mais ninguém em casa, então o peguei no colo e fiquei brincando com ele. Foi bom. Percebi que aquela invasão da realidade era mais bonita que a ficção que eu tentava escrever."
Ariano Suassuna

Modelo: Lygia Fagundes Teles
Foto e Texto: Eder Chiodetto

Trecho selecionado: "Moro nesta casa desde 1980. O escritório, no inverno, é um dos quartos, mas com o calor do verão me mudo aqui para sala. Fico deprimida no frio. Se morasse na Europa, seria uma alcoólatra."
 Lygia Fagundes Teles

Modelo: Escritor João Cabral de Melo Neto

Foto e Texto: Eder Chiodetto

Trecho selecionado: "Não sou mais um escritor. Estou cego. Para escrever, preciso ver. Não leio, não consigo escrever também. Sou um ex-escritor. Não adianta ditar versos para alguém porque preciso ver a minha letra construindo-os. Escrevo como quem constrói uma casa."
João Cabral de Melo Neto


Modelo: Escritora Rachel de Queiroz
Foto e texto: Eder Chiodetto

Trecho selecionado: "Computador? Nunca consegui escrever com ele. Evoluí par a máquina de escrever  elétrica. Creio que já foi um passo enorme." 
 Rachel de Queiroz

Todos os créditos das fotos reservados ao fotógrafo Eder Chiodetto.

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