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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Os desafios da monografia – meu depoimento


O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.
José de Alencar


Logo que ingressei no meu atual emprego federal no final de 2008, tive que começar a fazer uma pós-graduação, optei por fazer uma especialização por ser um pouco mais "rápida" em 2009. Não foi nada fácil concluir essa pós, porque além das aulas da pós ainda tinha que assistir às aulas da minha segunda faculdade. Tinha aula pela manhã no curso de graduação em Letras Inglês e aula à noite na pós. Foi muito difícil levar os dois cursos e manter a qualidade. E eu ainda fazia inglês aos sábados à tarde e balé sábado pela manhã. Outrossim, não queria trancar a graduação porque levaria mais tempo para eu me formar e se tivesse que dar um tempo, que fosse para  fazer a monografia e foi o que eu fiz. Na época de escrever a monografia, começou a reforma da minha casa, então eu tinha que escrever uma monografia em meio a poeira, barulho de furadeira, marteladas... Depois que terminou a reforma da minha casa, meu computador pifou e quando podia ia ao escritório da minha irmã para digitar a mono. O tema que escolhi tem a ver com cultura, mas foi muito difícil de encontrar bibliografia, escrevi sobre a "Importância da Propaganda Institucional no Museu  de Arte da Universidade Federal do Ceará".  Falar sobre museu não foi tarefa fácil. Começo o meu trabalho acadêmico tendo que discorrer sobre a origem dos museus que para tal embasamento tive que falar sobre Filipe II, Alexandre - o Grande, e a Dinastia Ptolomaica. Período da História dificílimo de  encontrar em livros. Outra tarefa difícil foi falar sobre o Museu do Louvre, visto que não encontrei nada em português que fosse bom, então tive que ler em francês e desenvolver um texto em português a partir do site oficial do museu, o que deu um trabalhão. Falar sobre a origem dos museus no Brasil também foi quase missão impossível, mas consegui. Minha orientadora ajudou-me muito, levei vários puxões de orelha dela, ela me ligava quando estava no trabalho, no balé, no almoço, até faltando dez minutinhos para as onze da noite. Já nas últimas semanas eu andava angustiada, nervosa, de saco cheio... Minha mão tremia até quando fui deixar a mono numa xérox para que fosse encapada em capa dura. Minha orientadora gostou do meu tema, achou-o inovador e disse que ia indicar meu artigo da mono para sair num livro e que eu poderia desenvolver um segundo artigo e levar a temática desenvolvida na especialização para o mestrado. Ela me falou tudo isso e confesso que não me senti alegre, mas deprimida. Fui para minha casa deprimida. Acho que a minha mão ainda treme do grande estresse que foi ter feito essa monografia. Mereço um tempo! Quero agradecer a Deus pela força que me deu. Agradecer à minha família (mãe Nele e irmãs Valéria, Wanessa e Wandresa). Agradecer aos amigos pelo incentivo. Agradecer a minha orientadora Joana D’Arc pelas broncas, paciência e profissionalismo. Enfim, agradeço a todos que me ajudaram.

Deixo aqui o meu relato de que nunca passou pela minha cabeça desistir, lamento por aqueles que mesmo depois do ritmo forte de aulas não puderam desenvolver suas monografias. Não é fácil fazer nenhum trabalho de término de curso, você tem que se isolar um pouco das pessoas, ter concentração para ler, pesquisar e escrever. Tem que esquecer um pouco a vida social e dedicar-se, afinal, ou você faz isso ou morre na praia, e para mim essa segunda opção é inconcebível!  

Se você estiver passando por essa a fase, tenha força, concentre-se no seu trabalho de término de curso, não pense no que você está perdendo em não sair para aquela super balada com os amigos, pense que seu trabalho terá qualidade, que pode ser referência para outros pesquisadores, que sua pesquisa pode contribuir para a sociedade e que você ao fazer um bom trabalho não passará por nenhuma saia-justa na apresentação para a banca examinadora, que esse título poderá abrir portas de novas possibilidades. Então, nunca pense no que você pode perder, pense positivo, pense no que você está ganhando e garanto que não é pouco.

Beijo grande!

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